Às vezes sinto - me uma estranha. Acho que é uma realidade paralela, sem regras... Onde deitamos para baixo do tapete aquilo que não queremos ver. Achamos que resolve.
Vai-se pelo que é fácil, que não precisa de dedicação, de empenho, de luta. Não acredito nestas escolhas.
Não aceito menos do que aquilo que me faz tremer.
Não aceito menos do que aquilo que me tira o norte e me leva a lua.
Não aceito o certo, sem altos, sem baixos, sem curvas.
Não aceito as rectas da vida. Dão-me sono.
Não aceito o que não da luta.
Não aceito aquilo que não mexe cá dentro.
É verdade. Não me encaixo !
Não gosto do menos, do controlado, do racionalmente moderado. Não sei dar-me em prestações e com prazo de validade.
Sou física e de toque. Não sei ser aos bocados com medo de me dar. Mostro de fora para dentro e de dentro para fora. Sou mais do que superficial. Sou para lá do emotivo.
Assim, por inteiro.
Amo de forma intensa. Com tudo e com nada. No fácil e no difícil. E no impossível.
É. Não me encaixo!
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