As relações hoje são vividas numa constante batalha para
provar quem é o “mais forte”, quem se dá primeiro, que se dá mais, quem se
envolver mais é quem perde. Estas regras fazem com que nenhuma das partes possa
demonstrar muito interesse pelo outro, não pode dar “parte fraca”. Se for o
primeiro a mandar mensagem, já está a perder pontos. Nas entrelinhas está
assumido que as pessoas gostam uma da outra, mas não se assume… (isso faz
perder pontos)
Até aqui mostramos que somos mesmo muito inteligentes e que
temos tudo controlado!
Para evitar que o ego saia beliscado criamos uma linha
imaginária que faz com que dali não se passe pois, para lá da linha já nos
estamos a colocar em posição inferior. Procuramos o reciproco quando ninguém
quer ceder em nada ou dar o primeiro passo para não correr o risco de mostrar
demasiado envolvimento. Enfim…
As coisas até evoluem e a forma patética com que lidamos com
isso também, por isso, a mais pequena contrariedade é suficiente para deixar de
responder às mensagens, deixar o telefone tocar imenso tempo e justificar que
não estávamos atentos, só para não assumir que as saudades existem, que
estávamos a contar os minutos para o telefone tocar, que já tínhamos visto se o
telefone tinha som duas ou três vezes… Mais uma vez, preferimos parecer ser uma
coisa que não somos!
Ensaiámos diálogos que nunca vamos ter, o coração bate mais
depressa, o tempo não passa. Quando tentamos remediar a situação e até damos o
primeiro passo, somos rejeitados e adiamos o inevitável.
Como se o que não se
diz não existe! Genial!
Como se pedir desculpa fosse sinónimo de inferioridade!
Saber ceder é o segredo para uma relação estável e necessitamos de equilíbrio e
bom senso em tudo!
E sabes, se o teu orgulho for maior que o teu sentimento,
fica difícil dar certo!!!
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